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28/08/2015
Mestrado em Tecnologias Limpas realiza primeira banca
Estudo apresentado por engenheiro civil analisa nível de conscientização de construtoras sobre obras sustentáveis
Valdete São José
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Felipe Cossich durante apresentação do trabalho à banca examinadora |
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O engenheiro civil Felipe Ferreira Cossich foi o primeiro estudante a concluir o mestrado em Tecnologias Limpas na Unicesumar, apresentando à banca nesta sexta-feira à tarde um trabalho sobre construções sustentáveis. O seu estudo avaliou o nível de consciência existente em construtoras de Maringá e concluiu que é baixo ainda o engajamento aos conceitos de sustentabilidade nas obras.
Com orientação do professor José Eduardo Gonçalves, Cossich diz que se propôs a analisar a situação porque já no tempo de faculdade entendia a necessidade de alternativas na construção para criar menos impacto ambiental e social. "Meus estudos foram respaldados na certificação LEED, que é uma das mais importantes hoje no mundo", conta, ao explicar a importância do trabalho.
Para obter o título de mestre, Cossich fez um estudo na fábrica da Coca-Coca– única na região que possui certificação ambiental - e analisou dados das construtoras de maior destaque da região. De onze selecionadas, quatro aceitaram participar da pesquisa, que levou dois anos para ser desenvolvida. "Verifiquei o que elas entendem de construção sustentável e o quão longe estão desses princípios."
Segundo o engenheiro, existem barreiras de ordem financeira e técnica que impedem o avanço nesses conceitos. "As pessoas pensam que a construção sustentável é mais cara e isso não é verdade. Muitas vezes pode sair no mesmo valor de uma obra tradicional ou até mesmo mais barata se os recursos forem bem utilizados. Na fábrica da Coca-Cola de Maringá, certificada pelo LEED, o custo ficou 6,1% mais caro apenas."
Outra barreira é na parte da mão-de-obra. "Faltam profissionais qualificados para atuar com sustentabilidade", diz Cossich. Segundo ele, uma das empresas que pesquisou já tinha trabalhado com a certificação LEED e se demonstrou mais adiantada"mas ainda assim está muito no início de uma consciência sustentável e precisa percorrer um longo caminho, como as outras três".
A sustentabilidade na construção civil precisa estar embasada em três pilares, o econômico, o ambiental e o social. "O que acontece hoje é que a maioria cumpre só os requisitos básicos da legislação ambiental. Ou seja, não há uma preocupação maior se haverá impactos no entorno. A certificação LEED exige avaliação criteriosa da área onde vai ser implantada a obra e seu entorno e isso nem sempre é respeitado pelas empresas, que visam lucro sem grande preocupação com o impacto social", avalia Cossich.
Para o estudioso, a situação é semelhante na maioria das cidades brasileiras. "Somente nos grandes centros é que começam a despontar os princípios da sustentabilidade na construção", complementa Cossich, que criou a consultoria Gogreen, a partir do mestrado, para certificação de obras sustentáveis. "Minha intenção, após esses estudos, é fomentar o mercado das construções sustentáveis prestando consultoria nesta área", concluiu o mestre certificado pela Unicesumar.
Participaram como avaliadores da banca de Felipe Cossich, os professores doutores José Eduardo e Adriano Valim Reis, da Unicesumar e Ana Mauricéia Castelani, da Universidade Pitágoras, de Londrina.
Com orientação do professor José Eduardo Gonçalves, Cossich diz que se propôs a analisar a situação porque já no tempo de faculdade entendia a necessidade de alternativas na construção para criar menos impacto ambiental e social. "Meus estudos foram respaldados na certificação LEED, que é uma das mais importantes hoje no mundo", conta, ao explicar a importância do trabalho.
Para obter o título de mestre, Cossich fez um estudo na fábrica da Coca-Coca– única na região que possui certificação ambiental - e analisou dados das construtoras de maior destaque da região. De onze selecionadas, quatro aceitaram participar da pesquisa, que levou dois anos para ser desenvolvida. "Verifiquei o que elas entendem de construção sustentável e o quão longe estão desses princípios."
Segundo o engenheiro, existem barreiras de ordem financeira e técnica que impedem o avanço nesses conceitos. "As pessoas pensam que a construção sustentável é mais cara e isso não é verdade. Muitas vezes pode sair no mesmo valor de uma obra tradicional ou até mesmo mais barata se os recursos forem bem utilizados. Na fábrica da Coca-Cola de Maringá, certificada pelo LEED, o custo ficou 6,1% mais caro apenas."
Outra barreira é na parte da mão-de-obra. "Faltam profissionais qualificados para atuar com sustentabilidade", diz Cossich. Segundo ele, uma das empresas que pesquisou já tinha trabalhado com a certificação LEED e se demonstrou mais adiantada"mas ainda assim está muito no início de uma consciência sustentável e precisa percorrer um longo caminho, como as outras três".
A sustentabilidade na construção civil precisa estar embasada em três pilares, o econômico, o ambiental e o social. "O que acontece hoje é que a maioria cumpre só os requisitos básicos da legislação ambiental. Ou seja, não há uma preocupação maior se haverá impactos no entorno. A certificação LEED exige avaliação criteriosa da área onde vai ser implantada a obra e seu entorno e isso nem sempre é respeitado pelas empresas, que visam lucro sem grande preocupação com o impacto social", avalia Cossich.
Para o estudioso, a situação é semelhante na maioria das cidades brasileiras. "Somente nos grandes centros é que começam a despontar os princípios da sustentabilidade na construção", complementa Cossich, que criou a consultoria Gogreen, a partir do mestrado, para certificação de obras sustentáveis. "Minha intenção, após esses estudos, é fomentar o mercado das construções sustentáveis prestando consultoria nesta área", concluiu o mestre certificado pela Unicesumar.
Participaram como avaliadores da banca de Felipe Cossich, os professores doutores José Eduardo e Adriano Valim Reis, da Unicesumar e Ana Mauricéia Castelani, da Universidade Pitágoras, de Londrina.
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