O presidente da Alcoopar, Anísio Tormena, fala aos participantes do encontro |
Notícia(s) Relacionada(s) |
Com um debate sobre o zoneamento agrícola proposto pelo governo federal para a cana de açúcar e as perspectivas do setor, foi aberta ontem a 1ª Semana de Produção Sucroalcooleira do Cesumar. O encontro reúne estudantes, professores e profissionais da área até sexta-feira.
Na abertura do evento estiveram presentes para abordar os temas acima o chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura (Seab), Renato Machado e o presidente da Alcoopar, Anísio Tormena. O encontro foi aberto oficialmente pelo pró-reitor-acadêmico do Cesumar, professor Cláudio Ferdinandi.
O coordenador do curso, Carlos Eduardo Santana Alves, explicou que o encontro tem a finalidade de trazer para os estudantes um panorama das situações hoje de mercado. Além da importante exposição dos temas da primeira noite, os estudantes vão assistir a palestras sobre melhoramento genético da cana e controle e pragas e participar de dois minicursos, sobre tratamento de água para caldeira e levantamento topográfico.
Tanto Machado quanto Tomena prevêem expansão do setor em todo o país para os próximos anos e dizem que o Paraná não será afetado pelo zoneamento, porque o Estado já tem um equilíbrio natural das áreas onde o produto pode ser cultivado estabelecido pelas condições climáticas e topográficas.
De acordo com Tormena, a expansão do plantio ocorrerá mais no Norte e Noroeste do Estado. "Vemos com bons olhos as perspectivas de crescimento do setor, porque o açúcar e o álcool são produtos nobres, dos quais o mundo precisa muito. O etanol é uma energia limpa, renovável e a produção a partir da cana-de-açúcar é a mais barata do mundo, ganha de longe de outros produtos, como a beterrada e o milho", afirmou.
Na opinião do chefe da Seab-Maringá, a cana-de-açúcar não concorre com a produção de alimentos, como muitos especialistas têm afirmado. "Basta ver que no Paraná, o plantio de cana ocupa hoje 600 hectares e, dentro do zoneamento proposto, pode avançar até 3,5 milhões de hectares", destacou. Além disso, Machado acredita que as perspectivas de produção de alimentos se dão mais pelo aumento da produtividade do que da área de cultivo.
|